Dos poucos estudos brasileiros sobre estresse infantil, se destaca
um levantamento realizado pela pesquisadora Ana Maria Rossi, presidente da
International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR). A pesquisa,
feita com 220 crianças entre 7 e 12 anos nas cidades de Porto Alegre e São
Paulo, revelou que oito a cada dez casos em que os pais buscam ajuda
profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento têm sua
origem no estresse. “O estresse é uma reação natural do nosso corpo, o problema
é esse estímulo atingir níveis muitos altos ou se prolongar por longos
períodos”, diz Ana Maria. (Disponível em: < http://www.istoe.com.br/reportagens/195990_ESTRESSE+INFANTIL).
Por mais que muitas pessoas não tenham se atentado ao fato, atualmente as crianças enfrentam diversos momentos de stress e/ou ansiedade, que podem ocorrer por diversos fatores, como por exemplo:
- Características de personalidade
- Desejo de agradar
- Medo do fracasso
- Preocupação com mudanças físicas
- Atividades em excesso
- Brigas ou separação dos pais
- Perdas
- Educação confusa dos pais
- Nascimento do irmão
- Doenças e hospitalização
- Troca de professor ou escola
- Pais ou professores estressados
- Doenças dos pais ou na família
Natação, inglês,
equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal
saíram da pré-escola e já cumprem agendas de “miniexecutivo”, com compromissos
que se estendem ao longo do dia. A intenção dos pais ao submeter os filhos a
essas rotinas é torná-los adultos superpreparados para o competitivo mundo
moderno. O preço que se paga por tanto esforço, porém, pode ser alto. Ainda
pequenas, essas crianças passam a apresentar um problema de gente grande, o
estresse. “É uma troca que não vale a pena”, afirma o psicoterapeuta João
Figueiró, um dos fundadores do Instituto Zero a Seis, instituição especializada
na atenção à primeira infância. “Frequentemente essa rotina impõe à criança um
sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela
não está neurologicamente capacitada.” Como uma bomba-relógio prestes a
explodir, o estresse infantil tem ganhado status de problema de saúde pública.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Academia Americana de Pediatria publicou, em
dezembro, novas diretrizes para ajudar os médicos a identificar e tratar esse
mal. O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além
da infância, como a propensão a doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e
depressão. (Disponível em: < http://www.istoe.com.br/reportagens/195990_ESTRESSE+INFANTIL).
A mesma situação pode ou não ser estressante para determinadas crianças, fato que certamente depende do estágio de desenvolvimento emocional de cada uma.
O que o professor pode fazer para evitar ou amenizar tais situações:
- Conhecer e conversar com seus alunos;
- Motivar os alunos;
- Incentivá-los a questionar, perguntar;
- Escutá-los sem críticas ou julgamentos;
- Promover autoconfiança;
- Respeitar o ritmo de cada aluno;
- Realizar atividades em grupo;
- Promover atividades calmas;
- Lembrar sempre que professor é modelo;
- Não envolver sua vida pessoal com a profissional, evitar passar isso para os alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário